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Fibria avança na estratégia financeira

Notícias | Notícias | 03.09.2015




A Fibria, empresa brasileira de base florestal e líder mundial na produção de celulose de eucalipto, revela a estratégia financeira para o Projeto Horizonte 2, que ampliará a capacidade de produção de sua Unidade de Três Lagoas, localizada no estado do Mato Grosso do Sul, com investimento de R$ 7,7 bilhões (equivalente a cerca de US$ 2,5 bilhões). Durante a quarta edição do Investor Tour, encontro que reúne hoje e amanhã cerca de 80 investidores e analistas no sul da Bahia, a companhia detalha a contratação de US$ 400 milhões em empréstimo sindicalizado e o início da oferta de R$500 milhões em títulos de Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA). 
O Projeto Horizonte 2, um dos maiores investimentos privados no Brasil com foco em exportação, deve contar ainda com financiamentos de outras fontes, como agências de créditos de exportação (ECAs), BNDES e Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO). Além disso, cerca de 40% dos investimentos para a obra devem ser realizados com capital próprio da companhia. 
Segundo o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Fibria, Guilherme Cavalcanti, a forte geração de caixa e a estratégia financeira desenhada permitirão que a empresa mantenha a alavancagem atual em dólar abaixo de 2,0 vezes, mesmo com o investimento de R$ 7,7 bilhões. 
Competitividade e Sustentabilidade
A nova operação da Fibria em Três Lagoas terá um dos menores custo caixa para produção de celulose do mundo, reduzindo o custo médio da companhia para US$ 155 por tonelada. Atualmente, a Fibria já tem um dos menores custo caixa do setor, em US$ 170/t no segundo trimestre deste ano, frente a um custo médio no Brasil de US$ 214/t e de US$ 421/t nos Estados Unidos, segundo o consultor Hawkins Wright. 
“Temos neste projeto uma equação única de competitividade, que reúne suprimento de madeira, infraestrutura e logística, certificações, clientes de longo prazo e excelente estrutura financeira, difícil de ser replicada no mercado”, comenta Marcelo Castelli, presidente da companhia. 
Assim como todos os projetos da Fibria, Horizonte 2 terá a sustentabilidade como princípio de negócio. O novo parque industrial terá processos produtivos ainda mais limpos, tendo toda a energia consumida gerada na própria fábrica, a partir de biomassa resultante do processo industrial. O projeto, além de gerar e consumir a própria energia, produzirá um excedente de 120 MWH, adicional ao excedente de 70MWh gerado hoje por toda a empresa.
A Fibria conta ainda com uso eficiente dos recursos hídricos no processo industrial, considerando que cerca de 80% da água captada é reciclada e recircula entre 3,5 e cinco vezes no processo produtivo antes de ser tratada e devolvida ao meio ambiente.
Outra grande fonte de competitividade do projeto Horizonte 2 refere-se ao acesso à madeira. Com a nova fábrica, a distância média da floresta para abastecimento da linha atual de produção e da nova linha na Unidade de Três Lagoas, que produzirá mais de 3 milhões de toneladas de celulose/ano, ficará em apenas 95 quilômetros. 
Com o início da operação prevista para o quarto trimestre de 2017, a nova linha de produção terá capacidade de 1,75 milhão de toneladas de celulose por ano. Com a entrada da segunda fábrica em Três Lagoas, a capacidade total de produção da Fibria, considerando-se todas as suas unidades, passará dos atuais 5,3 milhões de toneladas de celulose/ano para mais de 7 milhões de toneladas de celulose/ano. A celulose produzida pela Fibria em Três Lagoas, além de ser vendida ao mercado interno, é levada por transporte ferroviário até o Porto de Santos (SP), de onde é exportada para os mercados europeu, norte-americano e asiático. 
Investor Tour 2015
A transparência no relacionamento com analistas do mercado de capitais e seus investidores é primordial para a Fibria. O Investor Tour, evento que já acontece há quatro anos, reúne a diretoria da empresa e diversos investidores e analistas, do Brasil e do exterior. A edição de 2015, que segue até amanhã, ocorre na Unidade Veracel, joint-venture com a Stora Enso, na Bahia.

Fonte: Fibria