Os dias que antecederam a entrega deste artigo foram conturbados nos âmbitos internacional e nacional em termos de política ambiental. A notícia da saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris gerou comoção geral, com intensas manifestações de repúdio ao presidente Donald Trump, por ter abandonado o tratado internacional que pretende mitigar os efeitos negativos das mudanças climáticas.
Trump já vinha manifestando claramente sua discordância em manter o país no acordo climático, alegando que a adoção completa do tratado traria prejuízos para a economia norte-americana e, portanto, ignorou o atendimento a compromissos e metas previstos, bem como desconsiderou o clamor social da maioria da nação. Os Estados Unidos, todavia, estão organizados sob uma estrutura federalista, com claras competências individuais de seus estados membros nas esferas executiva, judiciária e legislativa. Dessa forma, Califórnia, Nova York e Washington puderam estabelecer limites de emissão para Gases de Efeito Estufa (GEE). Juntos, esses três estados, que abrangem um quinto da população e do Produto Interno Bruto (PIB) total dos Estados Unidos, foram responsáveis por 11% das emissões poluentes totais do país em 2014.
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Pedro de Toledo Piza
ADVOGADO ESPECIALISTA EM DIREITO AMBIENTAL, GRADUADO PELA UNIVERSIDADE MACKENZIE, COM MBA PELA POLI-USP E MESTRADO PELO IPT-USP, EM MITIGAÇÃO DE IMPACTOS AMBIENTAIS, AUDITOR AMBIENTAL PELO EARA. FOI ALUNO DA ESG. É MEMBRO DO COMITÊ DE MEIO AMBIENTE DO CJE-FIESP E DA ABTCP.