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A competitividade da indústria de celulose nos detalhes

ABTCP 2017 | ABTCP 2017 - Sessão Técnica de Celulose | 27.10.2017




Sessão Técnica de Celulose
A competitividade da indústria de celulose está nos detalhes

Investir na diversificação do portfólio da empresa ou aprimorar a operação tendo como resultado a qualidade final do seu produto. Dois caminhos diferentes, mas bastante promissores. O objetivo? Manter a competividade da indústria no futuro. Esse foi o enfoque dado pelos palestrantes durante a Sessão Técnica de Celulose no 50º Congresso Internacional de Celulose e Papel da ABTCP, com moderação de Luiz Wanderley Pace, da Nalco Ecolab, no dia 24 de outubro.

No futuro quais os processos de polpação química mais promissores? Otavio Mambrim Filho, especialista em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de processo na Fibria, apresentou o estudo realizado com os diferentes tipos de cozimento e como se obteve o melhor resultado em cada um deles.  Para o especialista, o futuro dos processos de cozimento com madeira de eucalipto de alto potencial e eficientes, que atuam beneficiando o processo e o produto, estão no Cozimento com Impregnação Estendida (CIE); o Cozimento CIE + Alto Número Kappa e o Cozimento com Polissulfeto.

Já Leonardo Pimenta falou sobre a visão da Eldorado Brasil para o futuro da indústria de celulose, com base na otimização dos processos. Nesse caso, a busca por maximizar a eficiência em toda a cadeia será uma premissa entre todos os players, tal como o aumento do rendimento, a potencialização do aproveitamento da biomassa disponível nas florestas e a produção de insumos no site. Pimenta falou ainda sobre a tendência da indústria 4.0 e o projeto Fábrica Autônoma em parceria com a Andritz, em que a fornecedora trabalha na integração de todos os sistemas da planta em um projeto inédito que já tem colhido bons resultados.

Para alavancar a produtividade na indústria, Fabricio José da Silva, da Suzano Papel e Celulose, trouxe algumas reflexões. Ele destacou que primeiramente é necessário aprimorar certos aspectos nas seguintes áreas: eficiência ambiental, custo e competitividade, eficiência energética, nas tecnologias de processos – tanto florestal como industrial e também em tecnologia e inovação, especificando em seguida cada um desses itens. “Para a indústria do futuro precisamos ser mais integrados”, defendeu. 

Silvana Meister Sommer, gerente de P&D Industrial da Klabin, trouxe a visão da empresa que agora está voltada para os bioprodutos, com foco na inovação e novas tecnologias com a premissa de fazer diferente para agregar valor. Sommer destacou a vantagem de a empresa trabalhar com as duas fibras, eucalipto e pinus, conferindo uma vantagem para obter diferentes produtos, entre eles, lignina, CNC, CNF, apontando que existe um grande mercado de novos produtos concorrendo com outros de base não renovável para ser explorado em um futuro próximo.

As três primeiras apresentações que antecederam o painel de discussão falaram sobre otimização em plantas de branqueamento com tecnologias de medições inovadoras com sistema de controle avançado de processos, por Gabriel Morgan da Silva, da BTG; secagem vertical e estudo do caso Lwarcel, com Laline Franqueira Koch, da Voith, e substituição de combustível fóssil com biomassa em fornos de cal, em palestra ministrada por Jean Taillon, da Andritz.

Nota: Para mais detalhes sobre os temas debatidos nas Sessões Técnicas e Temáticas do ABTCP 2017 – 50º Congresso Internacional de Celulose e Papel, confira a edição especial da O Papel de novembro, com toda a cobertura do evento.

Thais Santi
Jornalista Revista O Papel