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ABTCP 2017

ABTCP 2017 | ABTCP 2017 | 27.10.2017




Sessão de Abertura
Abertura do 50º Congresso Internacional de Celulose e Papel evidenciou um cenário promissor para o futuro do setor

A noite do dia 23 de outubro último refletiu a união do setor de papel e celulose em um evento que marcou não só a abertura do 50º Congresso Internacional de Celulose e Papel, mas também o início das comemorações dos 50 anos da ABTCP, com mais de 300 participantes e a presença de autoridades que prestigiaram o momento.

A Sessão de Abertura introduziu o tema do evento deste ano: a Indústria do Futuro: Novos Caminhos, Novos Processos e Inovações Tecnológicas por Celso Foelkel, presidente desta edição do tradicional Congresso ABTCP, que compôs a mesa ao lado de Darcio Berni, diretor executivo da associação, os correalizadores do evento: Elizabeth de Carvalhaes, presidente executiva da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá); e Germano Vieira, presidente do Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (IPEF); além de Fernando Von Zuben, secretário do Verde e do Meio Ambiente da Prefeitura de São Paulo; e Paulo Rabello de Castro, presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Em seu pronunciamento, Paulo Rabello de Castro parabenizou o setor por seus resultados, sua força econômica e consciência socioambiental. Disse também que é necessário ter audácia para desbravar o futuro e avançar. Ele pontuou que "a audácia que nos sobra para enlamear o Brasil nos falta para construí-lo" ao comentar sobre a corrupção que perpassa a sociedade, mas também afirmou, por outro lado, que a ABTCP é um exemplo do tipo de audácia correta, declarando que "A ABTCP é uma congregação de pessoas audaciosas para construir o futuro". Rabello disse ainda que "é tempo de renovar o BNDES, os setores industriais e o Brasil". Já Fernando Von Zuben congratulou o setor por já ser tão sustentável, afirmando que "se todos os setores fossem assim avançados o Brasil seria muito mais sustentável".

Após o pronunciamento das autoridades teve início o Painel de CEOs, com moderação de Lairton Leonardi, presidente do Conselho Diretor da ABTCP. Participaram Cristiano Teixeira, presidente da Klabin; Marcelo Castelli, presidente da Fibria; Rodrigo Davoli, presidente da International Paper; e Walter Schalka, presidente da Suzano Papel e Celulose.

Leonardi perguntou aos CEOs como eles vislumbram o setor em 50 anos. Com a diversificação de novos produtos dentro do escopo dessas empresas, Schalka disse que a ABTCP até precisaria mudar de nome para abarcar mais coisas, afirmando que o setor tem oportunidades excepcionais por possuir modelos de negócios socialmente inclusivos e ecologicamente sustentáveis e que a indústria está atenta aos temas de bioeconomia, floresta 4.0, indústria 4.0 e Internet das Coisas. Já Teixeira, frisou que o futuro precisará de tecnologias que virão da floresta, como as resinas, que possam proteger o papel ou as embalagens indo além da economia circular, por serem também completamente biodegradáveis. 

Outra questão levantada pelo moderador foi quanto ao gerenciamento da inovação na indústria. Castelli respondeu que falta visão setorial brasileira nesse aspecto. Ao mesmo tempo, Schalka complementou que estamos em um mundo de colaboração competitiva, explicando que é necessário que o setor brasileiro colabore em alguns pontos para fazer frente a concorrentes globais. Davoli falou ainda sobre a importância do profissional para o futuro da indústria, sendo destacado, inclusive, como principal ativo das empresas, sendo um dos principais desafios diante das transformações tecnológicas que se inserem nesse contexto. Todos concordaram.

Na ocasião, também foi conferida menção à estudante que apresentou o Melhor Trabalho de Estudante do Congresso para Elisa Pizzaia Goltz, da Universidade Federal do Paraná, sobre a determinação instantânea da umidade e densidade aparente de cavacos em fábrica de celulose.