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NANOCELULOSE VEGETAL NO TRATAMENTO DE QUEIMADURAS

Entrevistas | Entrevista | 22.08.2018




A celulose branqueada, produto de maior volume da Indústria de Celulose e Papel, vem se apresentando como
uma solução inovadora para a medicina. Um estudo realizado por Washington Luiz Esteves Magalhães, pesquisador
da Embrapa Florestas, e por Francine Ceccon Claro, doutoranda em Engenharia e Ciência dos Materiais
da Universidade Federal do Paraná (UFPR), mostrou que o polímero natural pode ser bastante eficiente no
tratamento de queimaduras.
Os pesquisadores usaram a nanotecnologia para potencializar propriedades físicas e químicas e desenvolver um curativo voltado
à recuperação da pele queimada. Os resultados mostraram que, por não ter porosidade, a membrana é adequada para
aplicações como barreira. “A característica de translucidez favorece o acompanhamento da cicatrização sem a necessidade de
retirada docurativo para avaliação da ferida”, pontua Francine. “A membrana de celulose vegetal é de fácil aplicação e manuseio
e apresenta durabilidade e boa aderência à pele lesionada”, adiciona Magalhães. Outra vantagem é o custo de produção, que
pode ser até mil vezes menor do que o de curativos disponíveis no mercado atualmente.
Na entrevista a seguir, os pesquisadores revelam como surgiu a ideia de realizar o estudo, dão detalhes técnicos sobre o desenvolvimento
do trabalho e listam os resultados e as vantagens competitivas encontradas, além de traçarem um panorama sobre
os próximos passos a serem concretizados e sobre o potencial da indústria de base florestal no amadurecimento da bioeconomia.

Caroline Martin
Especial para Revista O Papel