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INDICADORES DO SETOR DE APARAS

Indicadores | Coluna ANAP | 01.12.2021




A economia circular está no DNA do papel
Hoje, em todo o mundo são recicladas anualmente perto
de 250 milhões de toneladas, mas a importância do produto
e seu consumo cada vez maior obrigou a utilização de fibras
virgens, cujas principais fontes são o Eucalipto e o Pinus
sendo que, no Brasil, toda madeira utilizada para a produção
de celulose tem sua origem em árvores de reflorestamentos
certificados por organismos nacionais e internacionais.
No Brasil não foi diferente com a indústria principiando,
de forma mais robusta, no início do século XX, a partir da
reciclagem do papel que importávamos, e hoje somos o décimo
maior produtor mundial de papel e, como não poderia
deixar de ser, somos grandes recicladores.
É importante registrar que reciclar não é simplesmente
transformar papel velho ou de pós-consumo em papel novo,
pois cada papel exige características próprias da matéria-
-prima que será utilizada na sua produção, e o papel pós-
-consumo tem que ser preparado para atender estas características.
Assim, após sua separação e classificação, da origem
ao que chamamos de aparas de papel que, conforme a norma
ABNT NBR 15483 – Aparas de papel e papelão ondulado –,
Classificação, são divididas em 31 tipos.
Todo o trabalho é realizado pelos aparistas que buscam o
material nas mais diversas fontes assumindo todos os custos
da criação da matéria-prima apara de papel, bem como de
toda a logística até a entrega às fábricas recicladoras.
Os 31 tipos de aparas podem ser agrupados, para efeito
de estatística em três grandes grupos: aparas marrons,
aparas brancas e aparas de papelcartão, sendo que as aparas
marrons, com origem nos papéis de embalagem, compõem
a categoria de maior consumo.
Essas 4,8 milhões de toneladas significa dizer que os aparistas
conseguiram coletar, em 2020, perto de 70% de todo
papel reciclável colocado no mercado, com um fato importante de ser mencionado: tudo que recuperamos é utilizado,
basicamente, na produção de um papel novo, pois, ao contrário
de outros países, não exportamos material em nível
significativo e nem encaminhamos papel para queima, o que
é considerado reciclagem energética.