C om total de 1.963 transações, as operações de fusões e aquisições encerraram o último ano registrando um recorde expressivo: além de ser a maior soma dos últimos 25 anos, a marca supera em 59% o total verificado em 2019, concluído com 1.231 negociações, e até então o melhor ano da série histórica produzida pela KPMG. O estudo indicou ainda que o último trimestre do ano passado também registrou recordes, com 602 negócios concluídos. Mantendo a tendência de alta observada nos meses anteriores, este foi o melhor trimestre da história em qualquer tipo de comparação e ainda apresentou um forte crescimento em comparação aos trimestres anteriores de 2021 (respectivamente, do primeiro ao penúltimo, 375, 429 e 557). Na avaliação de Luís Motta, sócio responsável pelo M&A Proprietário da KPMG, os resultados consolidam a tendência de investimento em transformação digital e inovação protagonizados pelas companhias brasileiras e multinacionais, que têm feito aportes estratégicos em diversos segmentos de negócios. “Isso indica ainda que a confiança em negócios relacionados com inovação permanece em uma rota crescente junto a investidores estratégicos e financeiros desde o início da pandemia, em 2020”, esclarece o executivo. A liderança do ranking de transações ficou para as Empresas de Internet, que realizaram 658 operações de fusões e aquisições durante o ano passado, representando 34% do total das transações no ano. Na sequência, aparece o setor de Tecnologia da Informação, com 358 negócios, representando 18% do total. Juntos, os dois setores responderam por mais da metade do total de operações do Brasil realizadas em 2021. Na entrevista a seguir, Motta elenca os aspectos que envolvem o cenário atual e mostra como tal contexto levou ao resultado recorde. O sócio responsável pelo M&A Proprietário da KPMG também aponta as tendências que devem marcar este e os próximos anos, posicionando o setor de base florestal neste universo.