Os vários lockdowns seletivos na China durante abril

e começo de maio levaram, de um lado, à paralisação de várias atividades econômicas e, consequentemente, à queda da demanda de commodities na

China, como a celulose. A consequência é o surgimento de

pressões para a queda de preços da celulose. No entanto, as

fontes de dados são divergentes sobre o comportamento dos

preços da celulose, tanto a de fibra longa quanto a de fibra curta, na China, entre final de abril e começo de maio de 2022. Na Europa, por outro lado, a guerra na Ucrânia afeta a oferta de energia, elevando o custo de produção da celulose. Adicionalmente, os estoques desta commodity são pequenos no

continente europeu. Consequentemente, a tendência do preço

deste produto é subir.

Influenciada pela alta do preço da celulose na Europa, os

fabricantes brasileiros têm aumentado o preço lista em dólar

da venda da mesma no mercado interno.

Os mercados de papéis apresentam comportamentos distintos segundo o produto considerado e o país analisado. Nos

EUA, por exemplo, o preço em dólar do papel jornal aumentou

em abril frente a sua cotação de março. No Brasil há, em começo de maio, alta de 6,5% no preço em reais do papel offset nas

vendas da indústria a grandes compradores. Mas há quedas de

preços de papéis de embalagem da linha marrom.

No mercado de madeiras sólidas, no entanto, o término do

inverno no Hemisfério Norte permite o aumento da extração

florestal e da oferta de toras. Com isso, existe melhor oferta de

compensados, chapas de OSB e de madeiras serradas, impactando negativamente os seus preços. Este é o caso, por exemplo, do

Canadá, em que houve, em março, frente a fevereiro, quedas de

1,3%, 26,3% e 13,5% nos preços do metro cúbico de compensado, de chapas de OSB e de madeiras serradas de pinus e acácia.