CRIAÇÃO DE UMA CULTURA
DE SUSTENTABILIDADE É
O PRIMEIRO PASSO PARA
EMPRESAS INTERESSADAS EM
ALAVANCAR JORNADA VERDE
Não é de hoje que a necessidade de adoção de práticas sustentáveis
vem mobilizando organizações em todo o mundo. O contexto mais
atual, contudo, faz com que a temática ESG (sigla que vem do inglês
Environmental, Social and Governance) ganhe força no dia a dia
operacional dos segmentos industriais. Em muitos deles, atender
aos requisitos das normas e programas estabelecidos pelos órgãos
certificadores é apenas uma das exigências para atuar em anuência
aos padrões legais vigentes.
A obtenção de outros diversos tipos de selos verdes, por exemplo, é bem-vinda como diferencial.
O movimento global de incentivar o setor econômico a promover práticas sustentáveis cresce a
cada ano. De acordo com a projeção da Climate Bonds Initiative, a emissão de títulos para
financiar projetos sustentáveis, também chamados green bonds, dobrou nos últimos dois anos e
deve atingir US$ 1 trilhão até 2023, o que demonstra que o bom desempenho ambiental de uma
empresa já começa a trazer vantagens competitivas na esfera financeira.
Apesar de o universo industrial brasileiro contemplar camadas distintas – abrigando
players de pequeno, médio e grande portes, e refletindo uma realidade repleta de espaços
para melhorias em cada uma delas –, os segmentos que formam o parque industrial do
Brasil parecem ter despertado para os desdobramentos contínuos e acelerados da jornada
verde. Quem faz a análise é Julia Strassburger, orientadora técnica e docente dos cursos
técnicos de Meio Ambiente e Qualidade do Senac EAD.
Na entrevista a seguir, ela faz uma contextualização sobre o cenário nacional e elenca os
desafios ainda enfrentados por empresas que buscam incrementar seus processos e portfólio em
prol de uma atuação mais sustentável.