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GEE E PRINCÍPIOS PARA A FORMULAÇÃO DE POLÍTICAS

Artigos Assinados | Coluna Biomassa e Energia Renovável | 22.12.2022




Desde que assinou o Acordo de Paris em 2015, o Brasil 
vem aumentando suas emissões de Gases de Efeito 
Estufa (GEE), ao invés de reduzi-las para cumprir 
a meta proposta, de acordo com o mais recente 
levantamento do SEEG (Sistema de Estimativas de Emissões e 
Remoções de GEE) (https://seeg.eco.br/) .
As emissões líquidas avançaram 16,7% nos últimos seis anos, 
saltando de 1.446 milhões de toneladas (MtCO2e) em 2015 para 
1.756 MtCO2e em 2021. Pelas Contribuições Nacionalmente 
Determinadas (NDCs – sigla em inglês) depositadas pelo governo brasileiro na Organizações das Nações Unidas (ONU), 
em abril de 2022, o Brasil deveria chegar a 2025 emitindo 
1.614 MtCO2e e a 2030 com 1.281 MtCO2e, conforme indica o 
Coordenador do SEEG Tasso Azevedo. O Brasil é o quinto 
maior emissor mundial, atrás da China, Estados Unidos, União 
Europeia, Índia e Rússia e contribui com 4% do GEE lançado 
na atmosfera. 
O SEEG avalia cinco setores que são fontes de emissões 
de GEE: Agropecuária, Energia, Mudanças de Uso da Terra e 
Florestas, Processos Industriais e Resíduos, segundo as diretrizes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas 
(IPCC). O maior problema está na derrubada de florestas. Em 
2021, as emissões brutas causadas por desmatamento cresceram 
20% em relação a 2020. Conforme SEEG, a Amazônia foi quem 
mais sofreu e contribuiu para o aumento: 77% das emissões por 
mudanças de uso da terra vieram do bioma amazônico.

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MAURO DONIZETI BERNI
PESQUISADOR DAS ÁREAS DE MEIO AMBIENTE E ENERGIA DO NÚCLEO INTERDICIPLINAR DE PLANEJAMENTO ENERGÉTICO (NIPE), DA UNIVERSIDADE DE CAMPINAS (UNICAMP-SP)