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Inovação e a emergência do setor

Artigos Técnicos | Artigo Técnico | 28.04.2011




Com muita frequência, os observadores casuais citam a disponibilidade
de matérias-primas e o baixo custo de mão da obra
como indutores das indústrias nas economias emergentes.
A indústria de papel e celulose brasileira se constitui em
exemplo vigoroso da importância dos esforços no longo
prazo para a consolidação de vantagens competitivas com
base no conhecimento tecnológico. O equilíbrio correto de
coordenação e competição estimulou o sistema de inovação
por demanda, permitiu que empresas brasileiras integrassem
de modo eficiente as redes de aprendizagem global e alimentou
a cultura empreendedora que, finalmente, alavancou
mudanças na indústria. Os subsequentes expansão e sucesso
da indústria de papel e celulose brasileira podem ser creditados,
em grande parte, ao sistema de inovação setorial e a
sua dupla estratégia, que estabeleceu uma clara divisão de
trabalho entre inovação fundamental e transferência de conhecimento.
Tanto empresas privadas como o sistema público
de inovação setorial focaram a pesquisa de ponta no Brasil, o
desenvolvimento, e esforços de inovação para a melhoria do
eucalipto - a fonte básica da superior vantagem competitiva
da indústria de celulose e papel do Brasil - e em outras áreas
de ciências e tecnologia criaram mecanismos eficientes para a
transferência das melhores soluções científicas e tecnológicas
do exterior para o Brasil.

Autores*: Hannes Toivanen, Ph.D.

Maria Barbosa Lima-Toivanen, Ph.D.

* Referências dos autores:

VTT – Centro de Pesquisa Técnica da Finlândia – P.O. Box 1000 – 02044 VTT – Finlândia. E-mails: Hannes.Toivanen@vtt.fi - Maria.LimaToivanen@vtt.fi


O PAPEL vol. 72, num. 4, pp. 65 - 71 APR 2011