Suzano registra melhor ano da história

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Suzano registra melhor ano da história e resultado dá sustentação a avanços na estratégia da companhia

A Suzano anunciou seu balanço anual e do quarto trimestre de 2022 (4T22). A empresa alcançou um fluxo de caixa operacional trimestral de R$ 6,5 bilhões, contribuindo para o recorde anual total de R$ 22,6 bilhões, o que representa um aumento de 20% em relação ao ano anterior. Os fortes resultados refletem a evolução dos preços globais de celulose e o robusto volume de vendas, em contraste com a pressão significativa dos custos de produção e a continuidade dos desafios enfrentados na cadeia logística global durante a maior parte do ano. 

Em 2022, a Suzano comercializou 10,6 milhões de toneladas de celulose e 1,3 milhão de toneladas de papéis. A empresa manteve seu nível de vendas, beneficiando-se da taxa de câmbio favorável e dos preços crescentes, o que gerou uma receita líquida recorde de R$ 49,8 bilhões, um aumento de 22% em relação ao ano anterior. 

A forte geração de caixa no período contribuiu para a redução da alavancagem da companhia. Em dólares, a relação entre dívida líquida e EBITDA ajustado caiu de 2,4 vezes ao final de 2021 para 2,0 vezes em dezembro de 2022.

Em conferência com jornalistas, o presidente da Suzano, Walter Schalka, disse que a demanda por celulose pela China deve ser retomada nas próximas semanas, descartando grandes preocupações com a previsão de queda nos preços ao longo do ano ou também com um possível aumento de preços da madeira para atender a demanda do mercado, uma vez que a empresa já tem garantida o volume necessário para a sua produção.

Schalka falou ainda que a companhia poderá ver uma redução gradativa nos custos de produção dada a queda no preço de diversas commodities que têm sido verificadas desde o final do ano passado, como o preço do petróleo, uma vez que a empresa usa diesel na colheita e no transporte, além da oscilação nos preços de químicos, caso os preços continuem nesse patamar. 

Investimentos

Em 2022, a Suzano investiu R$ 16,3 bilhões e para 2023 anunciou mais R$ 18,5 bilhões, sendo R$ 6,3 bilhões destinados à manutenção industrial e florestal e R$ 8,9 bilhões de investimentos no Projeto Cerrado, a nova fábrica de celulose em construção no município de Ribas do Rio Pardo (MS), com início de produção previsto para o segundo semestre de 2024.

Também estão em destaque e avançam na estratégia da companhia, a empresa Biomas, que foi anunciada ao público durante a COP27, realizada em novembro do ano passado. Trata-se do maior projeto privado de preservação ambiental no Brasil, que conta com investimentos iniciais de R$ 20 milhões de cada um dos seis sócios. Entre eles: Itaú, Marfrig, Santander Brasil, Vale e Rabobank.

No dia 27 de fevereiro último, a Suzano anunciou o Fato Relevante ao mercado sobre a realização do aporte feito também pelas demais empresas na data. Em relação ao Itaú e Santander, o ingresso dos bancos como acionistas da Biomas está sujeito à autorização pelo Banco Central.  O objetivo é atingir, ao longo de 20 anos, uma área total restaurada e protegida de 4 milhões de hectares de matas nativas em diferentes biomas brasileiros, como Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado.  “O projeto também tem o propósito de estimular o desenvolvimento regional e fortalecer as comunidades locais, envolvendo todos na cadeia de valor”, enfatizou o presidente da Suzano.

Quanto à aquisição da Kimberly-Clark, a Suzano espera não enfrentar obstáculos no Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), já que a aquisição não resultará em concentração significativa de mercado. A negociação foi realizada em agosto de 2022, quando a empresa comprou as operações da americana no Brasil por US$ 175 milhões,  contemplando a fábrica de papéis tissue, com capacidade de produção para 130 mil toneladas por ano em Mogi das Cruzes-SP, e os direitos da marca Neve.

No pipeline, conforme a apresentação de resultados, a Suzano ainda mantém a intenção de construir uma fábrica de papel Tissue e conversão em papel higiênico e papel toalha no município de Aracruz (ES), com capacidade de 60 mil toneladas por ano.



 

Thais Santi
Jornalista Revista O Papel
tel. (11) 38742726
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